Inflação de abril impulsiona reações do mercado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (9) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. O indicador apontou uma alta de 0,43% nos preços em abril, em linha com as expectativas dos analistas do mercado financeiro.
Entre os nove grupos de produtos e serviços avaliados, oito apresentaram elevação de preços, com destaque para os segmentos de Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais.
Dólar recua levemente após forte queda na véspera
Por volta das 9h40, o dólar operava em leve queda de 0,07%, sendo negociado a R$ 5,6569. Na quinta-feira (8), a moeda norte-americana já havia recuado 1,47%, encerrando o dia a R$ 5,6611.
Com esses movimentos, o dólar apresenta:
Ibovespa mantém trajetória de alta e atinge maior nível em oito meses
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão de quinta-feira (8) em alta de 2,12%, aos 136.231 pontos, atingindo o maior patamar desde setembro de 2024. O desempenho positivo reflete o otimismo do mercado com os resultados corporativos e os desdobramentos econômicos recentes.
Com o avanço, o índice acumula:
Acordo entre EUA e Reino Unido anima investidores
O anúncio de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido, firmado na quinta-feira (8), trouxe otimismo ao mercado global. O tratado prevê a criação de uma zona de comércio para alumínio e aço, além de medidas para fortalecer a cadeia de suprimentos farmacêutica.
O acordo também inclui:
Segundo o ex-presidente Donald Trump, o pacto pode aumentar em US$ 6 bilhões a receita externa norte-americana e gerar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação. O mercado interpretou o tratado como um possível alívio nas tensões comerciais globais.
Decisões sobre juros repercutem no mercado
O cenário monetário também segue no foco dos investidores. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic para 14,75%. A medida foi justificada pela combinação de incertezas externas, especialmente ligadas à guerra comercial, e o elevado nível de gastos do governo brasileiro.
O comunicado da decisão destacou a necessidade de cautela adicional e flexibilidade por parte da política monetária. De acordo com Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, o Copom passou a considerar mais fortemente os riscos internacionais.
Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, acredita que o Banco Central está sinalizando uma possível pausa no ciclo de alta da Selic, o que ajudaria a conter o impacto negativo sobre a economia.
Fed mantém juros e enfrenta críticas de Trump
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve os juros inalterados pela terceira reunião consecutiva, mesmo sob pressão do ex-presidente Donald Trump, que critica publicamente o presidente do banco central, Jerome Powell.
Trump chegou a sugerir a demissão de Powell — apesar de não ter autoridade legal para tal — e afirmou que o Fed "se recusa" a cortar os juros, acrescentando que Powell "não está apaixonado" por ele.
Powell respondeu que as críticas do ex-presidente não afetam as decisões do banco central e que prefere aguardar antes de realizar ajustes na política monetária. Ele também reforçou que as incertezas comerciais continuam a pesar sobre a economia dos Estados Unidos.
Fonte: Portal do Agronegócio